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No Dia do Vira-Lata, veja curiosidades sobre esses pets apaixonantes e campeões de popularidade


O Brasil tem uma população de mais de 50 milhões de cães vivendo em ambiente doméstico segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Entre as centenas de raças catalogadas pela Confederação Brasileira de Cinefilia (CBKC), é normal que exista uma flutuação entre a popularidade delas. 

No momento, por exemplo, os queridinhos são caninos de pequeno/médio porte, com frisson especial pelos braquicefálicos shih-tzu, pug e os buldogues francês e inglês, além do spitz alemão/lulu da pomerânia. Já tiveram também épocas em que a moda era o pequinês, o schnauzer, o poodle, e por aí vai. 

Mas, se tem um cão que nunca sai de moda, esse é o vira-lata, que nem certificação oficial tem. Em algumas regiões do Brasil, eles  também são conhecidos como tomba-lata, pé-duro, guaipeca, bajariva e cusco. 

Cães do Abrigo Seu Alberto Foto: Arthur de Souza

Independente da forma como são chamados, a grande verdade é que os caninos oficialmente classificados como Sem Raça Definida (SRD), aqueles que não têm o famoso pedigree, arrebatam corações brasileiros há décadas. 

É tanto que ganharam até uma data dedicada a eles. Neste sábado, 31 de julho, é celebrado o Dia Nacional do Vira-Lata. Em homenagem a eles, vamos conhecer um pouco mais sobre esses pets apaixonantes?

Termo
Acredita-se que o termo vira-lata seja uma associação ao comportamento dos animais que vivem nas ruas, onde são forjados os cães SRD.


Infelizmente, a ausência de políticas de amparo aos animais faz com que, nos dias de hoje, continuemos a testemunhar uma grande população em situação de vulnerabilidade. E esses cães (e gatos também) precisam revirar sacos, baldes e latas de lixo para encontrar comida.  

Cachorro na ruaFoto: Pixabay

Por muitos anos, o termo foi usado ainda de maneira pejorativa, através da expressão “complexo de vira-lata", usada pelo escritor Nelson Rodrigues para expressar um sentimento de inferioridade sentido pelos brasileiros em relação ao resto do mundo.

Únicos
Os cães SRD não têm uma origem genética estabelecida, podendo ser frutos da mistura de duas ou até mais raças. É isso que os torna diferenciados.

Você pode até encontrar cães parecidos ou que tenham traços semelhantes com outros. Mas os SRD, ou vira-latas, são naturalmente únicos. E isso vale tanto para a estrutura física quanto para a personalidade. 

Como tutora de seis cães SRD, conheço com certa propriedade essa variação a ponto de assinalar o que é mais marcante em cada um dos meus "filhos”. 

Tem a dengosa que sonha passar o dia no colo, o rapaz que arenga até com a própria sombra, a serelepe que vive de bem com a vida, a possessiva que se adona de todos os brinquedos, uma senhora de QI (Quoeficiente de Inteligência) capaz de causar inveja em muita gente e a super protetora da irmã de ninhada. Em comum, o fato de serem extremamente amorosos, característica que acompanha a maioria desses cães. 

Cães SRD são uma verdadeira caixinha de surpresas. Portanto, se você deseja ter um pet único em aparência e em personalidade, adote um vira-lata.

Cachorro vira-lataFoto: Pixabay

Alguns traumas podem influenciar um pouco o comportamento, sobretudo nos que são resgatados e/ou adotados já adultos. Mas, em geral, carinho e paciência costumam ajudar bastante na adaptação.  

Categorias
Não é por não terem certificado de linhagem que os cães sem raça definida nãopossuem sua pompa. São até divididos em categorias: Híbridos, que são a mistura de duas raças definidas (labrador e golden, por exemplo); Mestiços, quando possuem características físicas de duas ou mais raças; e os Vira-Latas, de fato e direito, que carregam a genética de diversas raças e não se assemelham fisicamente a nenhuma delas. 

O mito da “saúde de ferro”

Cão vira lataFoto: Pixabay

É muito comum ouvir que os vira-latas são os melhores pets por não adoecerem com facilidade. Mas isso, na verdade, é um mito. Segundo a médica-veterinária Manuela Passos, a diferença é que os cães de raça se reproduzem com animais de genes semelhantes, carregando traços hereditários ou anatômicos que, por ventura, representam predisposição a algumas doenças.

“Os braquicefálicos, pela anatomia do crânio, têm uma tendência a desenvolver problemas respiratórios. Já o boxer e o pitbull têm uma facilidade maior a apresentar tumores, enquanto o cavalier (king) tem predisposição a doenças cardíacas. Isso é conhecido através de estudos característicos das raças, por causa de genes específicos. Dificilmente o vira-lata, mesmo mestiço, vai herdar esses genes específicos que permitam apontar predisposições, mas isso não significa que eles não possam desenvolver tais doenças”, detalha Manuela. 

Portanto, ter um cão sem raça definida não significa relaxamento nos cuidados com exames de rotina, vacinas, alimentação adequada, higiene, entre outras necessidades. 

Campeões de popularidade 
 

Os vira-latas são antigos conhecidos da população brasileira, mas foram por muito tempo associados às regiões sociais mais carentes. Ao longo das últimas décadas, contudo, com a expansão do movimento em prol da causa animal e o estímulo à adoção, eles ganharam a chance de habitar lares de famílias de classes economicamente mais altas. 

Dizer que eles conquistaram muitos fãs rapidamente é chover no molhado. O fato é que, com isso, o estigma de “cães de rua” começa a ser, aos poucos, dissolvido.

Uma pesquisa online do Instituto QualiBest, realizada há pouco mais de um ano, identificou que esses pets estão presentes em cerca de 41% dos lares brasileiros. E eles também fazem o maior sucesso na internet. 

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