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Ciro Gomes (PDT) voltou a fazer críticas ao ex-presidente Lula (PT) em entrevista ao jornalista Glenn Greenwald, na noite desta terça-feira (27), e lembrou que Lula não assinou nenhum pedido de impeachment contra Jair Bolsonaro (sem partido), enquanto o pedetista assinou três peças acusatórias.
Ciro voltou a disparar contra o ‘lulopetismo’ e fez questão de registrar que sempre esteve na linha de frente da defesa da democracia brasileira, inclusive lutando contra o impeachment de Dilma Rousseff (PT), ocorrido em 2016 e que é considerado por parte da população, sobretudo na esquerda, como um Golpe de Estado.
O pré-candidato à presidência da República em 2022 pelo PDT estava ‘afiado’, respondendo as perguntas de Greenwald com objetividade e sem ‘papas na língua’.
“Assinei 3 pedidos de impeachment, o Lula não assinou nenhum”, lembrou o ex-ministro, que novamente fez duras críticas ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido), a quem comumente se refere como genocida e bandido.
Defesa da democracia
O ex-governador do Ceará se irritou com insinuações sobre seu compromisso com a democracia brasileira. “Qualquer (pessoa) do povo sabe, o lulopetista desonesto sabe também mas não reconhece, que eu sempre estive na primeira linha na luta pela defesa da democracia brasileira, sem voltar atrás em nenhuma ocasião”, disse Ciro, que então citou o processo de impeachment de Dilma Rousseff, o qual foi radicalmente contrário.
“O exemplo mais prático é que eu estava na luta contra o impeachment de uma presidente que destruiu a economia brasileira, que ‘fraudou’ as eleições no maior estelionato eleitoral depois do do FHC, na reeleição, com as mesmas características, e ainda assim eu estava na linha de frente e o Ceará, onde faço a minha militância, deu 2/3 dos votos contra o impedimento” – Ciro Gomes
Ciro ainda registrou que Renan Calheiros (MDB-AL) e Eunício de Oliveira (MDB-CE) lideraram o processo de impedimento de Dilma e que Lula os escolheu como aliados, novamente, já no ano seguinte após o “golpe”.
“Então ninguém venha me ‘ensinar’ democracia, muito menos o lulopetismo apodrecido brasileiro”, disparou.
Instituições cooptadas
O ex-prefeito de Fortaleza (CE) disse que os governos do PT no comando do Brasil acabaram por cooptar instituições que deveriam, ao contrário, ter sido protagonistas no primeiro governo progressista eleito desde a ditadura militar (1964-1985).
“O lulopetismo ao invés de empoderar as instituições acabou subornando parte boa delas, ou cooptando para inverter a sua função, que é expressar os valores da sociedade, para ser meios de transmissão da propaganda do governo”, criticou Ciro.
“Eu faço perguntas: cadê o exército do (João Pedro) Stédile (liderança do Movimento dos Sem Terra – MST)? Por que a CUT (Central Única dos Trabalhadores) não consegue entrar mais numa fábrica? Porque eles se transformaram, ao invés de vetores de defesa das questões dos trabalhadores, das questões dos sem terra, viraram elementos da propaganda do lulopetismo”, provocou o presidenciável pedetista.
Ciro concluiu sem medir palavras:
“E começaram a obrigar o militante da sociedade civil, que deve ser livre, independente, pode e deve ter suas simpatias ideológicas e partidárias, mas não pode se transformar, você agora ter um militante da luta do povo defendendo ladroeira, defendendo neoliberalismo, defendendo políticas sociais compensatórias, defendendo uma série de coisas indefensáveis como aquela que transformou o Brasil na pior distribuição de renda do planeta Terra”.
Com informações do Brasil Independente.
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