Por Henrique Sá
Estudo produzido pela Rede de Pesquisa Solidária em parceria com Universidade de São Paulo (USP), mostra que as mudanças operacionais realizadas pelos governos estaduais e municipais no transporte público, como redução na circulação de ônibus, trens e metrô, não acompanharam adequadamente a demanda e aumentaram as lotações dos transportes públicos particularmente nas periferias de grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, o que aumentou o risco de contágio da covid-19.
Na capital paulista, as linhas da região central tiveram redução de 61,3% no número de ônibus circulando, ao passo que na região leste, a demanda se reduziu em na região central (63,6%), mas a redução da oferta de ônibus não acompanhou essa diferença, sendo mantida em 61,6%. Em Natal , por exemplo, a frota de ônibus operam com menos de 70%.
O estudo conclui que as desigualdades relacionadas ao transporte público aumentaram em razão das medidas adotadas pelos gestores durante a pandemia. Nas dez capitais onde houve redução no transporte público, oito tiveram aumento significativo no aumento de casos de Covid-19 .
Em junho de 2020, dos mais de 250 ônibus que deveriam circular em Natal durante a pandemia, só dez saíram das garagens, após uma greve de rodoviários na capital. Os motoristas entraram em greve o que provocou muita aglomeração. Teve ônibus que saiu com a porta aberta de tão lotado.
A taxa de isolamento ficou abaixo dos 40%, o pior índice desde o início da pandemia.
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