Estudantes relatam alto grau de abstenção nos locais de prova do Enem em Natal e ambulantes estimam queda de 60% nas vendas
Foto: Iara Cruz
Por Henrique Sá
O alto grau de abstenção nas salas que sediaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em Natal, neste domingo (24), foi destaque no relato de estudantes que prestaram o concurso. De acordo com eles, caso todos os candidatos estivessem comparecido à prova, haveria superlotação nos ambientes, contrariando, assim, as exigências sanitárias de combate à contaminação por Covid-19.
"As pessoas estavam usando máscaras e havia álcool em gel na sala, mas, se todo mundo tivesse vindo, com certeza ia haver lotação", afirmou Marcelo Oliveira , 18, cuja prova foi realizada na Universidade Potiguar (UNP). O estudante almeja cursar Medicina.
Finalizando a graduação em Direito, mas prestando o Enem novamente a fim de cursar Odontologia, Karoline Dantas, 26, deteve semelhante percepção. Segundo ela, na sala em que estava, no Colégio Ateneu, mais de 30% dos candidatos faltaram. "Por isso deu para manter o distanciamento. Caso contrário, seria impossível", situou.
Quanto ao nível de dificuldade da prova – que, neste domingo, abrangeu Matemática e Ciências da Natureza – grande parte dos candidatos relatou que as questões estavam com grau mediano.
"Consegui fazer bem a maioria", disse Igor Procópio, 31. "Estava um pouco mais fácil, na minha concepção, do que na vez anterior", avaliou.
Já o senhor Luis Damasceno, comerciante ambulante que aproveita as provas para ganhar um extra com a venda de água, pipoca e canetas, estimou queda de mais de 60% nas vendas comparado a anos anteriores.
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